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terça-feira, 27 de julho de 2010

Meu Mestre disse:



Fergi Cavalca
Tudo só existe porque existe a consciência! Este é o primeiro principio que nos leva a decifrar as entrelinhas de uma ciência que, quer queira ou quer não, independe de crenças ou de opiniões! Imagine se, no universo, a única centelha consciente se resumisse no bicho homem, esse sujinho de mosca, ínfimo representante de uma insuperável consciência perante um universo de trilhões de galáxias, cada qual com trilhões de sistemas solares que envolvem trilhões de planetas! Imagine o homem como único expoente da sabedoria universal! É claro que isso é apenas uma suposição, por isso não vamos nos encher de purismos psicodélicos. De repente, um meteoro ou sei lá o que, explode esse minúsculo planetazinho chamado Terra! Acabou-se a consciência? O ser que detinha a primazia do conhecimento de si mesmo morreu? Isso significa que o universo desapareceu? Entrou em óbito permanente? Não! Não significa absolutamente isso! Mas qual seria o objetivo do universo já que não existe a consciência que tomará conhecimento dele? Se ninguém sabe de sua existência, então ele não existe, pois a existência ou não de algo se prende, exclusivamente à consciência que temos desse algo!
E se a consciência é a única manifestação que nos dá certeza da existência de tudo, então esse nosso universo é conceptual, pois ele só existe na mente do indivíduo; e a mente, forçosamente, será o único dispositivo capaz de criar! E o que é melhor: do nada!
Nesse momento, ou seja, quando ocorre essa descoberta em nosso íntimo, estamos dando, a nós mesmos, a ciência de nossa própria existência! Isso falando de um grosso modo: É o famoso “Cogito Ergo Sun” (Penso Logo Existo)! Esta é a frase que anima o filósofo a continuar em sua busca, quando consegue definir a plenitude do seu próprio pensamento! E se a mente e o pensamento que nela habita são a única emanação capaz de criar, este é o devir da consciência ao seu principal objetivo: Criar!
Vejamos: Se as obras geradas na mente fértil de poetas, escritores ou músicos, permanecem até hoje desafiando os séculos, o que dizer daquelas criadas por uma Mente Infinita?...
Romeu e Julieta, por exemplo, são criações humanas que sobrevivem até os dias atuais como personalidades reais! Ultrapassaram a condição de personagens; eles possuem até quadros pintados por outros artistas... retratos próprios que lhes emprestam uma forma peculiar e particular de existência!
Na verdade Romeu e Julieta são criações da mente privilegiada de Shakespeare e, muitos outros, também embarcaram na criação original do fabuloso poeta inglês do século XVI! E eles perduram já por cinco séculos!
O mesmo pode-se dizer da obra de um Beethoven, de um Mozart, de um Rembrandt ou um Van Gogh! Observe que, se estas criações nascidas de mentes humanas, portanto imperfeitas, tem essa força imensa que ultrapassa séculos; agora imagine, então, a criação mental de um Ser do qual não podemos, sequer, fazer idéia de sua imensidão. A esse Ser incognoscível só nos resta o recurso de curvar a cabeça em prece para agradecer-Lhe, tomando emprestado um dos nomes com que a humanidade costuma batizá-lo: O Todo, O Cósmico ou, então, Deus. Para os Judeus era o poderoso Criador cujo nome impronunciável é Iod-He-Val-He; na cabala é o inefável Ain Soph.
O Universo é uma criação mental do Todo e, por isso vive e se expande na mente do Todo. Isso é uma afirmação. É aquilo que advém do interior de meu “eu”. A criação ou a destruição de um milhão de universos na mente do Todo se dá em um abrir e fechar de olhos. Quem for capaz de entender isso encontrou o grande segredo: a chave dos ensinamentos herméticos!
Mas a par desse princípio da mentalização existe também, o princípio da correspondência que diz: “O que está em cima e como o que está em baixo e vice versa”! Tudo no universo é análogo e, como vimos o infinitamente grande, passeando por trilhões de galáxias, nós podemos transferir-nos agora para nosso minúsculo organismo assumindo o quase trilhão de células que ele exibe... Segundo os especialistas, só as células nervosas, nossos neurônios, podem somar cem bilhões! E o que dizer dos estudos realizados no interior das células com o DNA, o genoma humano? E o imenso e minúsculo Universo Atômico? Um átomo-grama ou molécula-grama de elemento qualquer possui a bagatela de uma quantidade de átomos ou moléculas cujo número vem seguido, apenas, de vinte e três zeros! Número inimaginável e sem denominação na nossa língua! Macrocosmo ou microcosmo? Ambos mostram a infinita grandeza da mente do Todo, de Deus! E entre eles essa pequena criatura chamada homem; o representativo dos dois gêneros, masculino e feminino e que pode transformar-se em um gigante galáctico ou em um minúsculo verme, dependendo da posição para aonde possam pender seus pensamentos enquanto se coloque perante temas de tão enormes proporções, do lado da criação ou do lado da destruição inconsequente.

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