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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

KARMA



por Fergi Cavalca
Karma deriva de uma raiz sanscrita k'r que compõe o verbo 'agir'. Karma, portanto, é a lei da ação que implica na reação igual e oposta. Por este nome conhecemos implicações, que estão esclarecidas e explicadas pelos preceitos que regem as doutrinas védicas praticadas na Índia; esta lei preconiza que os atos perpetrados durante a vida, sejam eles quais forem, ficam gravados no subconsciente e repercutem no futuro de cada um; certamente influirão nas próximas reencarnações pelas quais o indivíduo, certamente, passará.
Para que cada criatura consiga visualizar a ‘lei do karma’ dentro de si mesma, torna-se fundamental aceitar, também, a pré existência e a sobrevivência da alma, ou melhor, a reencarnação. Sem essa ferramenta, que até hoje permanece um dogma sem provas cabais de sua realidade, não há qualquer possibilidade para se explicar como se dá o processo fenomênico, pois ele só é completo quando preenche o ciclo no espaço entre duas, ou mais, vidas.
O Karma é uma variante oriental do princípio hermético de “Causa e Efeito” que prevê, para cada ação, uma reação de igual intensidade. Essa é uma das inúmeras faces pela qual temos acesso à ‘Lei da Atração’; essa lei prevê que todo o semelhante se atrai, tendendo a formar ‘blocos’ de pensamento nos quais o bem ou o mal que foram praticados, retornam para o aqueles que o praticam, com a importância idêntica e na mesma medida.
Este postulado também atinge o status de lei e, por isso, age de forma impessoal. Segundo alguns ‘gurus’, o karma é irreversível, mas obedece a critérios de equilíbrio bem ajustados e, sem dúvida, age de forma compensatória. A finalidade, que está dentro de um escopo superior que ainda não temos capacidade para entender, é forçar cada espírito a atingir um determinado estágio, possivelmente um aprendizado, na sua caminhada evolutiva.
Na verdade, o princípio hermético da ‘Causa e Efeito’ é muito mais complexo do que a idéia hinduísta do karma, explicado, apenas como a consequência, em uma vida futura, das atitudes consignadas no presente. Isso porque a ‘Causa e Efeito’ se estende a tudo de uma forma geral, não apenas aos indivíduos, por créditos ou dívidas em vidas passadas. A ‘Causa e Efeito’ pode ser imediata, na medida em que o ato gere uma causa e produza um efeito. O velho adágio popular “aqui se faz, aqui se paga”, é uma visão primária da lei.
É lógico que a responsabilidade dos atos voluntários gerados pelo livre-arbítrio, contribui com a gravidade que incidiu como fator desencadeador da ocorrência em si. Por exemplo, se damos um soco em uma parede de tijolos, provavelmente quebraremos ― ou machucaremos muito ― a mão. A parede não castigou a mão; o ferimento é o resultado do soco em uma superfície mais dura.
De maneira idêntica, se soltarmos um objeto que possui massa, a força da gravidade exercerá sobre ele uma atração em direção ao centro da terra. O fenômeno foi provado por Isaac Newton ao enunciar a lei da ‘Gravitação Universal’. Hoje qualquer menino, estudante de física, conhece as implicações da gravidade, mas no passado, foi duro para a humanidade aceitar as ideias newtonianas.
Analogamente, se as leis materiais agem sobre os corpos cumprindo seus enunciados, também as leis psicológicas ou espirituais deverão cumprir o seu papel, inexoravelmente.
Se colocarmos o dedo em uma chapa quente, por certo sofreremos uma dolorosa queimadura. Isso não é punição; é, sim, o fruto do procedimento incorreto que gerou um acidente. A queimadura foi o efeito correspondente a uma causa: a chapa quente.
Existem causas fortuitas e causas provocadas pela vontade soberana do indivíduo. Cada uma delas implica em um grau de responsabilidade. Quando alguém prejudica uma pessoa, ou um grupo, assume uma culpabilidade que gera um desequilíbrio do sistema; desencadeia uma sequência de causas que produzem efeitos; estes, por sua vez, são causas de outros efeitos numa reação em cadeia cujos resultados podem ser imprevisíveis.
Da mesma forma quando se praticam atos meritórios, os efeitos produzidos podem afetar, de forma satisfatória, as pessoas ou os grupos beneficiados. Em ambos os casos, pela lei da atração, efeitos semelhantes se desencadeiam no Cósmico tornando-se em causas e efeitos que se reverterão em benefícios para o praticante.
Sabemos que os pensamentos, hoje em dia, são estudados como uma forma de energia capaz de ser mensurada. O cérebro, atestado através de eletro-encefalograma, emite ondas de diversos comprimentos e frequências denominadas gama, beta, alfa e teta. Cada uma dessas frequências corresponde a um estado da mente.
Tanto nos momentos de vigília, quanto nos de sono, meditação, repouso ou prece, a atividade cerebral permanece constante emitindo alguma forma de energia, seja mecânica, elétrica, magnética, psíquica ou espiritual, pois energia, como sabemos, não pode ser criada; pode, apenas, ser transformada.
Essa energia, principalmente a magnética, adentra o universo e forma um canal, concentrando pensamentos, ações, causas e efeitos afins, que atraem formas ou situações semelhantes. Por isso dizemos que os pensamentos positivos trazem coisas boas, enquanto os negativos prejudicam, e produzem mal estar.
Essa mesma mecânica, aparentemente, funciona de forma análoga ao produzir o karma do indivíduo ou do grupo de indivíduos que, pela lei da atração, se conservam entrelaçados em seus destinos. Esse elo de união evidencia responsabilidades dos atos praticados, nesta ou em outras vidas,
Novamente, recorremos à analogia para exemplificar nossos argumentos: O princípio hermético da correspondência diz que “o que esta em cima é como o que está embaixo...” A grande maioria das profissões se junta em associações classistas para cuidar de seus interesses: professores, médicos, advogados... E também ladrões, traficantes, contrabandistas...
Espiritualmente também, os grupos afins se juntam, seja para conviverem harmonicamente, seja para resgatar dívidas adquiridas. É o karma.
Porém o livre-arbítrio poderá modificar o resultado final: o fatídico “maktub” que torna o destino inexorável e imutável não é a última palavra, atrelando o indivíduo a um futuro do qual não poderá fugir. É aceitável dizermos que a única lei de evolução é o amor, sentimento pregado por Jesus, Buda, Confúcio e outros líderes. O amor é a sublimação do livre arbítrio, ou melhor, o poder de escolha que diferencia o ser instintivo do ser intelectual.
Portanto o amor, é a lei da consciência, da evolução e permite ao homem traçar o seu próprio destino, recebendo como consequência da lei do karma, pela prática permanente da virtude, dádivas e benesses condizentes com seus altos níveis de humanidade.
E aí então, a máxima pregada pelo Cristo se torna sublime:
“... Ama teu próximo como a ti mesmo...”

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Energia e espírito


UNIVERSO MATERIAL E UNIVERSO MENTAL SOB A ÓTICA DE UM INICIADO
Por Fergi Cavalca
Segundo algumas escolas secretas o Universo está dividido em duas Realidades Substanciais independentes e que, ao mesmo tempo, se interpenetram de forma metafísica.
Primeiro: O Universo material tridimensional que é perceptível aos cinco sentidos humanos. Misticamente ele é a energia eletromagnética vibrando em sua polaridade negativa, que é aquela que se adapta ao universo material. Suas formas possuem volume, massa, ocupam lugar no espaço e estão sujeitas às leis que regem todo o processo fenomênico de sua existência, que são as da coesão e do movimento.
Mas, além da percepção sensorial, torna-se importante conhecer algumas implicações que fornecem o entendimento para essa “existência”: Como sabemos, o universo é totalmente composto de energia que não pode ser criada nem destruída, apenas modificada. É notório que energia é movimento, vibração, radiação e, portanto, se propaga em ondas que possuem frequencia, período, amplitude e comprimento, obedecendo às leis físicas que regulam todos os movimentos ondulatórios. Ao alterarmos essas variáveis, modificamos a essência da energia produzida. Por outro lado não “vemos” a energia a não ser nos comprimentos de onda específicos, mas a sentimos com os outros sentidos que possuímos.
Para exemplificar essa teoria podemos estudar o espectro eletromagnético, ou seja, o segmento energético separado por freqüências e comprimentos de onda que se repetem segundo a lei das oitavas. Geralmente o estudo do espectro eletromagnético é feito a partir das ondas de rádio. O espectro sonoro, que não é eletromagnético, mas mecânico, ou melhor, suas ondas movem-se com velocidades muito inferiores à da luz, é atingido aumentando-se o comprimento de onda e diminuindo-se, consequentemente, a frequência até uma região entre vinte hertz e vinte mil hertz. Nessa faixa temos o som audível, ou seja, a energia percebida pelo sentido da audição. Abaixo de vinte hertz temos o infra-som, capaz de nos provocar sensações desagradáveis como náuseas, dor de cabeça e outras e, acima de vinte mil hertz, situa-se a região dos ultra-sons, cujas aplicações medicinais, tão bem conhecemos.
No especro eletromagnético, as ondas de rádio estão situadas em uma das extremidades do espectro, com frequências menores do que duzentos hertz e comprimentos de onda maiores do que dez centímetros. São as ondas curtas, médias, longas e frequência modulada, que funcionam como ondas transportadoras da energia e carregam sinais correspondentes a sons ou imagens formados na estação geradora e transportados, na velocidade da luz aos aparelhos receptores; conforme seus comprimentos possuem maior ou menor poder de penetração na matéria, mas, mesmo assim, são capazes de interpenetrar paredes de cimento, desde que elas estejam suficientemente próximas da fonte emissora; em caso contrário precisarão de uma antena que as capte. A partir daí, aumentando-se a frequência, passamos pelas seguintes faixas de energia, cujo poder de penetração é proporcional à frequência emitida: microondas (produz calor intenso), infravermelho (longínquo, médio e próximo, com geração de calor e capacidade de ativação de moléculas materiais), espectro visível (a região na qual nosso nervo ótico percebe as cores, cada uma com um comprimento de onda específico que vão desde o vermelho até violeta; é a radiação luminosa), ultravioleta longínquo e próximo (com grande poder de penetração e capaz de modificar moléculas, catalisar reações químicas e outras implicações), raios X (cujo poder de penetração é notoriamente conhecido), e raios alfa, beta e Gama que já são partículas subatômicas em movimento. Isso corresponde a comprimentos de onda que vão desde dez centímetros (radiofreqüência) a um décimo de angstrom (raios gama), e o angstrom corresponde à décima bilionésima parte do metro, ou seja, um metro possui dez bilhões de angstroms. Portanto um décimo de angstrom corresponde à centésima bilionésima parte do metro.
A partir daí, não se consegue mais captar radiações perceptíveis pelos métodos investigatórios existentes, mas os iniciados continuam suas buscas e chegam a comprimentos de onda muito menores e frequências maiores e, lógico, com poder de penetração na matéria muito mais efetivo. Se os raios alfa, beta e gama e o nosso conhecido raio X já possuem um enorme poder de penetração, imagine frequências maiores do que essa! É onde se situa a matéria sublimada que conhecemos com o nome de quintessência, que compõe o espírito, a parte “imaterial” do corpo. O termo “imaterial”, entre aspas procede apenas por não o percebermos, como a matéria que ele é através dos nossos cinco sentidos físicos. Pessoas que conseguem desenvolver os sentidos anímicos poderão perceber, perfeitamente, as formas que vibram na dimensão de tal frequência.
A grande vantagem do iniciado é que ele não pretende convencer ninguém a “acreditar” em suas convicções. Ele não precisa de provas, pois já ultrapassou essa fase entre o “crer” e o “existir”. Ele não possui religião que precise de novos prosélitos, de pregações e convencimentos; a sua ciência é, geralmente oculta, transmitida, apenas oralmente de mestre a discípulo, de lábio a ouvido e, quanto mais oculta permanecer a olhos profanos, menos dano causará nas mãos dos que não a merecem, por suas atitudes no mundo material, visto que o sentido de bem e mal é apenas relativo e não absoluto.
O ocultista permanece entre o limiar da ciência e o conhecimento ancestral conferido pela sua iniciação nos mistérios universais.
Segundo: O universo mental, que é a energia eletromagnética vibrando em polaridade positiva, é o que algumas escolas chamam Nous, Akasha, Inconsciente Coletivo, Realidade substancial, Devakan, éter, Plano mental ou outros nomes que, no fundo querem exprimir a mesma idéia.
Sabemos que o cérebro humano é um poderoso transmissor receptor de ondas eletromagnéticas que vão de um comprimento de vinte e dois a duzentos e quarenta milímetros. Isso, por si só, já explicaria e possibilitaria o fenômeno da telepatia, desde que os pensamentos fossem emitidos no mesmo comprimento de onda, entre emissor e receptor.
Por outro lado, atestado pelos eletros-encefalograma que medem a corrente elétrica gerada pelo cérebro e capaz de ser mensurada através de eletrodos de contato com a pele da cabeça, as ondas emitidas são classificadas em beta, alfa, teta e delta e são emissões individuais que caracterizam o ritmo de todas as pessoas em sua vida cotidiana. Cada uma dessas emissões funciona em consonância com determinado estado, seja em vigília ativa, trabalho, repouso ou sono.
Então como se definem os programas que podem ser ideais para cada pessoa? Simples: Considerando-se as características dos estados mentais que cada freqüência promove e o momento definido pela situação a qual o indivíduo se encontra exposto! Por exemplo, segundo estudos, as ondas beta são características dos estados de atenção, concentração e cognição; as ondas alfa, dos estados de relaxamento, visualização e meditação; as teta, meditação, intuição/criatividade e memória e, finalmente as ondas delta, consciência expandida, cura, recuperação e sono. Como se pode inferir, o Princípio da Correspondência, “o que está em cima é como o que está em baixo”, promove uma analogia entre o universo material e o mental, tornando perfeita a forma de entrelaçamento entre eles através de pura energia e de seu movimento ondulatório necessário para fazê-la agir; e ainda explica, também, a emissão característica do indivíduo, caso ele se encontre em vigília, prece, meditação, concentração, inspiração, atenção ou projeção mental, caracterizados por desejos elevados ou, então, mergulhado em sentimentos baixos oriundos das profundas paixões materiais internas.
Devido a um Best-seller recente que explora a ciência noética como uma das bases transcendentais de fundamental importância no desenrolar da estória, o termo Nous, que em grego significa mente, passou a estar na moda e despertar a curiosidade coletiva. Nous seria, então, o universo mental humano, reflexo do Todo, que é o Universo Mental Divino, a Verdade Fundamental. Sabemos que a mente é a única coisa que tem a possibilidade de criar do nada! Willian Walter Atkinson, conhecido também nos meios ocultistas com o pseudônimo de Yogue Ramasharaca, diz em uma de suas obras escrita em meados do século XX: “Os pensamentos são coisas”, isto é, podem ser medidos, podem ser pesados e podem ser plasmados no “Nous”, criando formas-pensamento passíveis de uma existência real com implicações diretas no universo material. São as egrégoras que se fortalecem através do pensamento convicto de um grupo afim. Exemplos de egrégoras positivas, ou seja, que sobrevivem do pensamento coletivo voltado para a construção universal sadia, são: Nossa Senhora da Aparecida, Senhor do Bonfim, Padrinho Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, as Virgens de Fátima, Lourdes, Guadalupe ou Chestokova, na Europa, o Buda de Kobi, no oriente, o Santo Sepulcro... As várias instituições e igrejas que tem objetivos voltados para o bem formam egrégoras fortes; ordens místicas e esotéricas também; e ainda todas as que agregam o conjunto dos locais e pontos de fé da humanidade capazes de englobar os pensamentos positivos de milhões de fieis. Essas egrégoras, pela força que emitem, são capazes de produzir “milagres” incríveis, curas espetaculares e acontecimentos formidáveis.
O oposto são as egrégoras da guerra, do ódio, da fome, do crime organizado, do vício, da droga, da prostituição, do roubo, do jogo, do sexo desenfreado, dos abortos, da corrupção, das “missas negras”, do diabo, dos gênios maléficos e muitas outras que só produzem o mal.


Outro dia li um artigo de uma doutora, que se intitulava a “neurologista de plantão”, com o objetivo de “desmascarar” o que a ciência rejeita; esse artigo versava sobre assuntos referentes à ciência noética aos quais ela, com a frivolidade inerente ao desconhecimento, pois da mesma forma que ela se intitula conhecedora de toda a ciência existente no mundo jamais passou pelos portais da verdadeira iniciação sendo, portanto, incapaz de conhecer o saber santo, oriundo da “doutrina secreta”; bem, ela classificava esses conhecimentos esotéricos como “estórias da carochinha” que servem como entretenimento para crédulos – o termo crédulo ai tem a conotação de ignorante, ou seja, pessoas sem o menor discernimento entre o real e o imaginável! Em parte ela tem razão! O saber não é prerrogativa de todos! “Para as criancinhas, leite; para os adultos, carne”! Isso é o que já dizia o hierofante Paulo em suas epístolas aos gentios.
Porém, fiquei imaginando: Por que será que os médicos exibem uma posição tão manifestamente contrária a qualquer fato que não possa ser comprovado, não pela ciência, mas por eles? Será que é por medo de que os outros colegas os considerem ridículos? Até aí, concordo: Fatos sem prova não devem ser levados em conta, mas a pretensa superioridade da pseudociência que se ri da credulidade do iniciado está em desacordo com a inteligência dos sábios.
Alfred Russel Wallace, que chegou a conclusões sobre a Teoria da Evolução das Espécies antes de Darwin, e considerado o pai da biogeografia e da ecologia por ter sido o primeiro a propor uma geografia das espécies, era, confessadamente, adepto das doutrinas espiritualistas de sua época! Sir Isaac Newton, o grande cientista que modificou a física a ponto dos estudos serem divididos entre “antes e depois de Newton”, era maçom, rosa-cruz e místico! Einstein, o maior físico e matemático do século XX, grandemente conhecido pelas teorias emitidas que revolucionaram a ciência, era um apoiador manifesto dos estudos da mente e da consciência! Carl Jung, talvez o maior psicanalista de todos os tempos, rivalizando em importância com o mito Freud, foi o primeiro a lançar a teoria do “inconsciente coletivo”, o Nous ou Akasha dos ocultistas, conhecido a milênios pelos orientais ou pelos filósofos gregos, se dizia crente da sobrevivência e pré existência! Benjamin Franklin, filósofo e inventor, um dos “pais” da independência norte-americana era maçom e rosa-cruz! Veja só a lista de alguns dos iniciados em ordens secretas diversas, conhecidos e famosos ao longo do tempo: Leonardo da Vinci, Paracelso, Nostradamus, Michael Servetus, Luís Vaz de Camões, John Dee, Giordano Bruno, Heinrich Khunrath, Lutero, Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck, Valentin Weigel, Johann Arndt, Francis Bacon, William Shakespeare, Michael Maier, Robert Fludd, Coménio (Jan Amos Komenský), René Descartes, Elias Ashmole, Gottfried Wilhelm Leibniz, Wolfgang Amadeus Mozart, Alessandro Cagliostro, Johann Wolfgang von Goethe, Conde de St. Germain, Johann Sebastian Bach, Victor Hugo, Paschal Beverly Randolph, Edward Bulwer-Lytton, Geoge Washington, Franz Hartmann, William Wynn Westcott, Samuel Liddell MacGregor Mathers, Eliphas Levi, Gerard Encausse (Papus), Sain-Martin, Jean Baptiste Willermoz, Martinex de Pasqually, Richard Wagner, Rudolf Steiner, Max Heindel, Arnold Krumm-Heller, Reuben Swinburne Clymer, Claude Debussy, Harvey Spencer Lewis, George Alexander Sullivan, Hermann Hesse, J. van Rijckenborgh, Corinne Heline, Manly Palmer Hall, Elsa M. Glover... Chega! E tantos outros que demonstraram ao mundo alguma faceta de sua sabedoria nas diversas manifestações intelectuais, sejam elas na ciência, na literatura ou na música.
Talvez a neurologista de plantão devesse tomar conhecimento de toda uma história humana e não, apenas, dos comentários e achismos correntes no meio universitário do qual faz parte e que, lamentavelmente, não se constitui como um exemplo de aprofundamento de estudos ou cultura nos dias de hoje; pelo contrário!
O grande mal é que a ciência, não na expressão pura e sublime de sua pesquisa e constância na busca verdadeira luz, mas no cômputo acadêmico de sua base cotidiana, é uma religião. E uma religião fanática, diga-se de passagem, que não admite uma vírgula fora de seus dogmas! Sempre foi assim! Condenou antes de investigar! E entre todas as divisões acadêmicas, a medicina é a que se mostra a mais radical das ciências; e os médicos, claro que com as devidas proporções, pois a grande maioria parece que ainda possui bom senso, são os mais sarcásticos e convencidos de sua superioridade, sempre prontos a rir-se da pobre e ignorante humanidade que não teve o privilégio de cursar as cátedras da medicina.
Willian Harvey rejeitou definitivamente a teoria de Galeno sobre a circulação do sangue e ensinou a todo médico que ele não deve acreditar em tudo que lhe é informado! Deve sim, confirmar tudo que for possível. Esta é a única maneira de existir progresso, evolução e conhecimento. Entretanto a grande maioria dos médicos da atualidade ainda não assimilou o espírito clínico e inquiridor de Harvey. Aceitam passivamente informações que lhes são passadas por outros e, ainda por cima, com seu ceticismo exacerbado, cultivam a existência de uma minoria que prefere denunciar e criticar tudo, sem se propor a construir alguma coisa, o que é pior.
Todos os dias o grande médico escutava de seus colegas: “Você está errado Harvey, o sangue jamais poderá subir dos pés até a cabeça”. E foi afastado do convívio científico sendo obrigado a se retirar do Real Colégio de Medicina de Londres. Mas, com perseverança e fé em seus pontos de vista, ele legou para a história da medicina o raciocínio lógico, onde o médico não é obrigado a aceitar uma teoria apenas porque ela é bonita e conveniente, ou porque ela foi elaborada por alguém famoso e influente.
Por isso a teoria do Universo Mental, a cada dia que passa se torna mais compatível com o conhecimento da humanidade! Não o conhecimento milenar do iniciado, que consegue ler nas entrelinhas das dimensões do tempo e do espaço, mas um conhecimento condizente com o estado atual de alguns que ainda não pisaram a senda, mas por sua capacidade interior tem a condição de fazê-lo. E o que, atualmente é privilégio de muito poucos que perseveram nos difíceis caminhos que compõe a senda, onde se sucedem as provas e obstáculos – que rasgam as carnes do iniciado e deixam atrás de si pedaços do corpo e da alma – poderá um dia se constituir no santo saber de toda a humanidade. Para isso basta a alquimia mental que transforma o chumbo da ignorância no ouro que reflete a luz sublime do conhecimento. Cro-maat.