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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Energia e espírito


UNIVERSO MATERIAL E UNIVERSO MENTAL SOB A ÓTICA DE UM INICIADO
Por Fergi Cavalca
Segundo algumas escolas secretas o Universo está dividido em duas Realidades Substanciais independentes e que, ao mesmo tempo, se interpenetram de forma metafísica.
Primeiro: O Universo material tridimensional que é perceptível aos cinco sentidos humanos. Misticamente ele é a energia eletromagnética vibrando em sua polaridade negativa, que é aquela que se adapta ao universo material. Suas formas possuem volume, massa, ocupam lugar no espaço e estão sujeitas às leis que regem todo o processo fenomênico de sua existência, que são as da coesão e do movimento.
Mas, além da percepção sensorial, torna-se importante conhecer algumas implicações que fornecem o entendimento para essa “existência”: Como sabemos, o universo é totalmente composto de energia que não pode ser criada nem destruída, apenas modificada. É notório que energia é movimento, vibração, radiação e, portanto, se propaga em ondas que possuem frequencia, período, amplitude e comprimento, obedecendo às leis físicas que regulam todos os movimentos ondulatórios. Ao alterarmos essas variáveis, modificamos a essência da energia produzida. Por outro lado não “vemos” a energia a não ser nos comprimentos de onda específicos, mas a sentimos com os outros sentidos que possuímos.
Para exemplificar essa teoria podemos estudar o espectro eletromagnético, ou seja, o segmento energético separado por freqüências e comprimentos de onda que se repetem segundo a lei das oitavas. Geralmente o estudo do espectro eletromagnético é feito a partir das ondas de rádio. O espectro sonoro, que não é eletromagnético, mas mecânico, ou melhor, suas ondas movem-se com velocidades muito inferiores à da luz, é atingido aumentando-se o comprimento de onda e diminuindo-se, consequentemente, a frequência até uma região entre vinte hertz e vinte mil hertz. Nessa faixa temos o som audível, ou seja, a energia percebida pelo sentido da audição. Abaixo de vinte hertz temos o infra-som, capaz de nos provocar sensações desagradáveis como náuseas, dor de cabeça e outras e, acima de vinte mil hertz, situa-se a região dos ultra-sons, cujas aplicações medicinais, tão bem conhecemos.
No especro eletromagnético, as ondas de rádio estão situadas em uma das extremidades do espectro, com frequências menores do que duzentos hertz e comprimentos de onda maiores do que dez centímetros. São as ondas curtas, médias, longas e frequência modulada, que funcionam como ondas transportadoras da energia e carregam sinais correspondentes a sons ou imagens formados na estação geradora e transportados, na velocidade da luz aos aparelhos receptores; conforme seus comprimentos possuem maior ou menor poder de penetração na matéria, mas, mesmo assim, são capazes de interpenetrar paredes de cimento, desde que elas estejam suficientemente próximas da fonte emissora; em caso contrário precisarão de uma antena que as capte. A partir daí, aumentando-se a frequência, passamos pelas seguintes faixas de energia, cujo poder de penetração é proporcional à frequência emitida: microondas (produz calor intenso), infravermelho (longínquo, médio e próximo, com geração de calor e capacidade de ativação de moléculas materiais), espectro visível (a região na qual nosso nervo ótico percebe as cores, cada uma com um comprimento de onda específico que vão desde o vermelho até violeta; é a radiação luminosa), ultravioleta longínquo e próximo (com grande poder de penetração e capaz de modificar moléculas, catalisar reações químicas e outras implicações), raios X (cujo poder de penetração é notoriamente conhecido), e raios alfa, beta e Gama que já são partículas subatômicas em movimento. Isso corresponde a comprimentos de onda que vão desde dez centímetros (radiofreqüência) a um décimo de angstrom (raios gama), e o angstrom corresponde à décima bilionésima parte do metro, ou seja, um metro possui dez bilhões de angstroms. Portanto um décimo de angstrom corresponde à centésima bilionésima parte do metro.
A partir daí, não se consegue mais captar radiações perceptíveis pelos métodos investigatórios existentes, mas os iniciados continuam suas buscas e chegam a comprimentos de onda muito menores e frequências maiores e, lógico, com poder de penetração na matéria muito mais efetivo. Se os raios alfa, beta e gama e o nosso conhecido raio X já possuem um enorme poder de penetração, imagine frequências maiores do que essa! É onde se situa a matéria sublimada que conhecemos com o nome de quintessência, que compõe o espírito, a parte “imaterial” do corpo. O termo “imaterial”, entre aspas procede apenas por não o percebermos, como a matéria que ele é através dos nossos cinco sentidos físicos. Pessoas que conseguem desenvolver os sentidos anímicos poderão perceber, perfeitamente, as formas que vibram na dimensão de tal frequência.
A grande vantagem do iniciado é que ele não pretende convencer ninguém a “acreditar” em suas convicções. Ele não precisa de provas, pois já ultrapassou essa fase entre o “crer” e o “existir”. Ele não possui religião que precise de novos prosélitos, de pregações e convencimentos; a sua ciência é, geralmente oculta, transmitida, apenas oralmente de mestre a discípulo, de lábio a ouvido e, quanto mais oculta permanecer a olhos profanos, menos dano causará nas mãos dos que não a merecem, por suas atitudes no mundo material, visto que o sentido de bem e mal é apenas relativo e não absoluto.
O ocultista permanece entre o limiar da ciência e o conhecimento ancestral conferido pela sua iniciação nos mistérios universais.
Segundo: O universo mental, que é a energia eletromagnética vibrando em polaridade positiva, é o que algumas escolas chamam Nous, Akasha, Inconsciente Coletivo, Realidade substancial, Devakan, éter, Plano mental ou outros nomes que, no fundo querem exprimir a mesma idéia.
Sabemos que o cérebro humano é um poderoso transmissor receptor de ondas eletromagnéticas que vão de um comprimento de vinte e dois a duzentos e quarenta milímetros. Isso, por si só, já explicaria e possibilitaria o fenômeno da telepatia, desde que os pensamentos fossem emitidos no mesmo comprimento de onda, entre emissor e receptor.
Por outro lado, atestado pelos eletros-encefalograma que medem a corrente elétrica gerada pelo cérebro e capaz de ser mensurada através de eletrodos de contato com a pele da cabeça, as ondas emitidas são classificadas em beta, alfa, teta e delta e são emissões individuais que caracterizam o ritmo de todas as pessoas em sua vida cotidiana. Cada uma dessas emissões funciona em consonância com determinado estado, seja em vigília ativa, trabalho, repouso ou sono.
Então como se definem os programas que podem ser ideais para cada pessoa? Simples: Considerando-se as características dos estados mentais que cada freqüência promove e o momento definido pela situação a qual o indivíduo se encontra exposto! Por exemplo, segundo estudos, as ondas beta são características dos estados de atenção, concentração e cognição; as ondas alfa, dos estados de relaxamento, visualização e meditação; as teta, meditação, intuição/criatividade e memória e, finalmente as ondas delta, consciência expandida, cura, recuperação e sono. Como se pode inferir, o Princípio da Correspondência, “o que está em cima é como o que está em baixo”, promove uma analogia entre o universo material e o mental, tornando perfeita a forma de entrelaçamento entre eles através de pura energia e de seu movimento ondulatório necessário para fazê-la agir; e ainda explica, também, a emissão característica do indivíduo, caso ele se encontre em vigília, prece, meditação, concentração, inspiração, atenção ou projeção mental, caracterizados por desejos elevados ou, então, mergulhado em sentimentos baixos oriundos das profundas paixões materiais internas.
Devido a um Best-seller recente que explora a ciência noética como uma das bases transcendentais de fundamental importância no desenrolar da estória, o termo Nous, que em grego significa mente, passou a estar na moda e despertar a curiosidade coletiva. Nous seria, então, o universo mental humano, reflexo do Todo, que é o Universo Mental Divino, a Verdade Fundamental. Sabemos que a mente é a única coisa que tem a possibilidade de criar do nada! Willian Walter Atkinson, conhecido também nos meios ocultistas com o pseudônimo de Yogue Ramasharaca, diz em uma de suas obras escrita em meados do século XX: “Os pensamentos são coisas”, isto é, podem ser medidos, podem ser pesados e podem ser plasmados no “Nous”, criando formas-pensamento passíveis de uma existência real com implicações diretas no universo material. São as egrégoras que se fortalecem através do pensamento convicto de um grupo afim. Exemplos de egrégoras positivas, ou seja, que sobrevivem do pensamento coletivo voltado para a construção universal sadia, são: Nossa Senhora da Aparecida, Senhor do Bonfim, Padrinho Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, as Virgens de Fátima, Lourdes, Guadalupe ou Chestokova, na Europa, o Buda de Kobi, no oriente, o Santo Sepulcro... As várias instituições e igrejas que tem objetivos voltados para o bem formam egrégoras fortes; ordens místicas e esotéricas também; e ainda todas as que agregam o conjunto dos locais e pontos de fé da humanidade capazes de englobar os pensamentos positivos de milhões de fieis. Essas egrégoras, pela força que emitem, são capazes de produzir “milagres” incríveis, curas espetaculares e acontecimentos formidáveis.
O oposto são as egrégoras da guerra, do ódio, da fome, do crime organizado, do vício, da droga, da prostituição, do roubo, do jogo, do sexo desenfreado, dos abortos, da corrupção, das “missas negras”, do diabo, dos gênios maléficos e muitas outras que só produzem o mal.


Outro dia li um artigo de uma doutora, que se intitulava a “neurologista de plantão”, com o objetivo de “desmascarar” o que a ciência rejeita; esse artigo versava sobre assuntos referentes à ciência noética aos quais ela, com a frivolidade inerente ao desconhecimento, pois da mesma forma que ela se intitula conhecedora de toda a ciência existente no mundo jamais passou pelos portais da verdadeira iniciação sendo, portanto, incapaz de conhecer o saber santo, oriundo da “doutrina secreta”; bem, ela classificava esses conhecimentos esotéricos como “estórias da carochinha” que servem como entretenimento para crédulos – o termo crédulo ai tem a conotação de ignorante, ou seja, pessoas sem o menor discernimento entre o real e o imaginável! Em parte ela tem razão! O saber não é prerrogativa de todos! “Para as criancinhas, leite; para os adultos, carne”! Isso é o que já dizia o hierofante Paulo em suas epístolas aos gentios.
Porém, fiquei imaginando: Por que será que os médicos exibem uma posição tão manifestamente contrária a qualquer fato que não possa ser comprovado, não pela ciência, mas por eles? Será que é por medo de que os outros colegas os considerem ridículos? Até aí, concordo: Fatos sem prova não devem ser levados em conta, mas a pretensa superioridade da pseudociência que se ri da credulidade do iniciado está em desacordo com a inteligência dos sábios.
Alfred Russel Wallace, que chegou a conclusões sobre a Teoria da Evolução das Espécies antes de Darwin, e considerado o pai da biogeografia e da ecologia por ter sido o primeiro a propor uma geografia das espécies, era, confessadamente, adepto das doutrinas espiritualistas de sua época! Sir Isaac Newton, o grande cientista que modificou a física a ponto dos estudos serem divididos entre “antes e depois de Newton”, era maçom, rosa-cruz e místico! Einstein, o maior físico e matemático do século XX, grandemente conhecido pelas teorias emitidas que revolucionaram a ciência, era um apoiador manifesto dos estudos da mente e da consciência! Carl Jung, talvez o maior psicanalista de todos os tempos, rivalizando em importância com o mito Freud, foi o primeiro a lançar a teoria do “inconsciente coletivo”, o Nous ou Akasha dos ocultistas, conhecido a milênios pelos orientais ou pelos filósofos gregos, se dizia crente da sobrevivência e pré existência! Benjamin Franklin, filósofo e inventor, um dos “pais” da independência norte-americana era maçom e rosa-cruz! Veja só a lista de alguns dos iniciados em ordens secretas diversas, conhecidos e famosos ao longo do tempo: Leonardo da Vinci, Paracelso, Nostradamus, Michael Servetus, Luís Vaz de Camões, John Dee, Giordano Bruno, Heinrich Khunrath, Lutero, Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck, Valentin Weigel, Johann Arndt, Francis Bacon, William Shakespeare, Michael Maier, Robert Fludd, Coménio (Jan Amos Komenský), René Descartes, Elias Ashmole, Gottfried Wilhelm Leibniz, Wolfgang Amadeus Mozart, Alessandro Cagliostro, Johann Wolfgang von Goethe, Conde de St. Germain, Johann Sebastian Bach, Victor Hugo, Paschal Beverly Randolph, Edward Bulwer-Lytton, Geoge Washington, Franz Hartmann, William Wynn Westcott, Samuel Liddell MacGregor Mathers, Eliphas Levi, Gerard Encausse (Papus), Sain-Martin, Jean Baptiste Willermoz, Martinex de Pasqually, Richard Wagner, Rudolf Steiner, Max Heindel, Arnold Krumm-Heller, Reuben Swinburne Clymer, Claude Debussy, Harvey Spencer Lewis, George Alexander Sullivan, Hermann Hesse, J. van Rijckenborgh, Corinne Heline, Manly Palmer Hall, Elsa M. Glover... Chega! E tantos outros que demonstraram ao mundo alguma faceta de sua sabedoria nas diversas manifestações intelectuais, sejam elas na ciência, na literatura ou na música.
Talvez a neurologista de plantão devesse tomar conhecimento de toda uma história humana e não, apenas, dos comentários e achismos correntes no meio universitário do qual faz parte e que, lamentavelmente, não se constitui como um exemplo de aprofundamento de estudos ou cultura nos dias de hoje; pelo contrário!
O grande mal é que a ciência, não na expressão pura e sublime de sua pesquisa e constância na busca verdadeira luz, mas no cômputo acadêmico de sua base cotidiana, é uma religião. E uma religião fanática, diga-se de passagem, que não admite uma vírgula fora de seus dogmas! Sempre foi assim! Condenou antes de investigar! E entre todas as divisões acadêmicas, a medicina é a que se mostra a mais radical das ciências; e os médicos, claro que com as devidas proporções, pois a grande maioria parece que ainda possui bom senso, são os mais sarcásticos e convencidos de sua superioridade, sempre prontos a rir-se da pobre e ignorante humanidade que não teve o privilégio de cursar as cátedras da medicina.
Willian Harvey rejeitou definitivamente a teoria de Galeno sobre a circulação do sangue e ensinou a todo médico que ele não deve acreditar em tudo que lhe é informado! Deve sim, confirmar tudo que for possível. Esta é a única maneira de existir progresso, evolução e conhecimento. Entretanto a grande maioria dos médicos da atualidade ainda não assimilou o espírito clínico e inquiridor de Harvey. Aceitam passivamente informações que lhes são passadas por outros e, ainda por cima, com seu ceticismo exacerbado, cultivam a existência de uma minoria que prefere denunciar e criticar tudo, sem se propor a construir alguma coisa, o que é pior.
Todos os dias o grande médico escutava de seus colegas: “Você está errado Harvey, o sangue jamais poderá subir dos pés até a cabeça”. E foi afastado do convívio científico sendo obrigado a se retirar do Real Colégio de Medicina de Londres. Mas, com perseverança e fé em seus pontos de vista, ele legou para a história da medicina o raciocínio lógico, onde o médico não é obrigado a aceitar uma teoria apenas porque ela é bonita e conveniente, ou porque ela foi elaborada por alguém famoso e influente.
Por isso a teoria do Universo Mental, a cada dia que passa se torna mais compatível com o conhecimento da humanidade! Não o conhecimento milenar do iniciado, que consegue ler nas entrelinhas das dimensões do tempo e do espaço, mas um conhecimento condizente com o estado atual de alguns que ainda não pisaram a senda, mas por sua capacidade interior tem a condição de fazê-lo. E o que, atualmente é privilégio de muito poucos que perseveram nos difíceis caminhos que compõe a senda, onde se sucedem as provas e obstáculos – que rasgam as carnes do iniciado e deixam atrás de si pedaços do corpo e da alma – poderá um dia se constituir no santo saber de toda a humanidade. Para isso basta a alquimia mental que transforma o chumbo da ignorância no ouro que reflete a luz sublime do conhecimento. Cro-maat.

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