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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ética e Moral



Fergi Cavalca
Muitas vezes ouvimos as pessoas falarem e comentarem sobre ética e moral, como dois fatores preponderantes ao desenvolvimento interior de um indivíduo. Principalmente nos dias de hoje, quando vemos exposta na mídia atitudes, inúmeras vezes condenáveis, de indivíduos que parecem não ter qualquer compromisso com a sociedade ou com os seus semelhantes.
Na verdade a ética é uma parte da filosofia que trata das questões e preceitos relacionados à conduta humana; um conjunto de normas, princípios e regras preconizados ao indivíduo para que ele tenha exemplar comportamento moral e altruístico dentro do meio em que vive. Em suma, podemos definir ética, filosoficamente, como um agrupamento de códigos e procedimentos que fazem parte ou se relacionam aos valores morais, à decência e que se aplicam ao espírito humano de modo absoluto, em qualquer tempo ou lugar.
A moral é o comportamento individual que situa o ser humano em sua trajetória terrestre. Geralmente a moral está intimamente ligada ao conceito maniqueísta de virtude e vicio, de bem e mal, de mocinho e bandido, de crime e castigo... Entretanto, ela é muito mais do que isso! Uma moral elevada é o comportamento desejável para qualquer cidadão; e não se resume apenas no cumprimento das leis estabelecidas para definir um homem de bem dentro da sociedade! A moral está ligada, sobretudo à consciência.
O universo é mente e, se é mente é consciência! A evolução espiritual é, sem dúvidas, conceptual.
Outro dia, em meio a elucubrações filosóficas que nos impelem a pensar usando a arma do ocultista, a analogia, iniciamos a nossa divagação traçando um paralelo entre uma célula de nosso corpo, minúscula, microscópica porção de vida que depende de nossa vontade para sobreviver e o universo infinito; através de nosso desejo ela, a célula, recebe alimento, glicose para queima e manutenção da temperatura, já que somos animais homeotérmicos; recebe ainda o oxigênio que alimenta a combustão; através da corrente sanguínea e dos pulmões elimina o gás carbônico e os resíduos tóxicos de nosso organismo, num perfeito sistema que engloba os rins, as glândulas sudoríparas, o intestino grosso e delgado, além do fígado e outros órgãos que compõe nossa condição animal e individual. Então, para aquela pequenina célula assumimos a posição, embora inconsciente, do Criador.
A celulazinha também possui a sua consciência, pois nasce e se alimenta, reproduz-se e morre; e juntando-se a outras células semelhantes forma uma comunidade que chamamos tecido. Os tecidos, por sua vez, agrupam-se formando os órgãos; vários órgãos com funções específicas dão origem a um aparelho e os aparelhos compõem o organismo. O organismo empresta-nos a consciência do eu, a individualidade que garante a existência da pequena célula.
Por outro lado, saindo do micro e começando a penetrar no macro, a união das individualidades, células pequeninas da sociedade formam a comunidade que chamamos a família; as famílias reunem-se formando o bairro; vários bairros dão origem à cidade e várias cidades ao estado; os estados são a base do país e os países a da humanidade, ou melhor, do conjunto de vida consciente que habita o planeta.
E então perguntamos: O que é mais importante, a pequenina célula localizada em uma extremidade esquecida ou o organismo consciente? Apesar de a célula ser importante, o organismo se sobrepõe. E então, por analogia, concluimos o seguinte: A humanidade, que é o organismo representado pelo macro, é mais importante do que o indivíduo, que é o organismo representativo do micro, da célula, a unidade da vida.
Mas da mesma forma que uma célula deformada e doente pode colocar em risco todo o organismo, uma individualidade sem o caráter, a ética ou a moral poderá ser um câncer para toda a humanidade. “O que está embaixo é como o que está em cima; e o que está em cima é como o que está em baixo, para que se cumpram os milagres da unidade”.
A transmutação interior, o ato de polir a “pedra bruta”, a alquimia mental de transformar o chumbo das paixões no ouro das virtudes, é fundamental nesse processo de contribuição simbiótica que produzimos com a humanidade; o objetivo é melhorar o planeta, fisicamente, moralmente e eticamente.
Hoje em dia, as noticias que adentram nossos lares, de violência, sexo, drogas, guerras ou outras atrocidades que são cometidas a cada segundo pelos quatro cantos do mundo, nos dão a certeza de que o planeta está profundamente doente. E está doente porque nós as células do imenso organismo humano estamos doentes, deformadas, ulceradas, cancerosas...
Por isso urge que a minoria que ainda acredita nos valores do homem como ser supremo da criação, prossiga lutando pelos ideais de paz, amor, justiça e perdão e juntando seus pensamentos uníssonos para formar uma grande egrégora que englobe a renovação do caráter da individualidade componente do imenso organismo humano.

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